Cultura
produtos naturais: aqueles que brotam, naturalmente, na terra ou na natureza
produtos culturais: os que resultam de ação do homem
CULTURA (in. Culture, fr. Culture, ai. Kul- tur, it. Cultura)./Esse termo tem dois significa- dos básicos. No primeiro e mais antigo, signifi- ca a formação do homem, sua melhoria e seu refinamento. F. Bacon considerava a C. nesse sentido como "a geórgica do espírito" {De augm. scient., VII, 1), esclarecendo assim a origem metafórica desse termo. No segundo signi- ficado, indica o produto dessa formação, ou seja, o conjunto dos modos de viver e de pen- sar cultivados, civilizados, polidos, que tam- bém costumam ser indicados pelo nome de ci- vílízação (v.). A passagem do primeiro para o segundo significado ocorreu no séc. XVIII por obra da filosofia iluminista, o que se nota bem neste trecho de Kant: "Num ser racional, cultu- ra é a capacidade de escolher seus fins em geral (e portanto de ser livre).; Por isso, só a C. pode ser o fim último que a~natureza tem con- dições de apresentar ao gênero humano" (Crít. do Juízo, § 83)- Como "fim", a C. é produto (mais que produzir-se) da "geórgica da alma". No mesmo sentido, Hegel dizia: "Um povo faz progressos em si, tem seu desenvolvimento e seu crepúsculo. O que se encontra aqui, sobre- tudo, é a categoria da C, de sua exageração e de sua degeneração: para um povo, esta última é produto ou fonte de ruína" (Pbil. der Ges-
chichte, ed. Lasson, p. 43).
produtos culturais: os que resultam de ação do homem
Abagnano
CULTURA (in. Culture, fr. Culture, ai. Kul- tur, it. Cultura)./Esse termo tem dois significa- dos básicos. No primeiro e mais antigo, signifi- ca a formação do homem, sua melhoria e seu refinamento. F. Bacon considerava a C. nesse sentido como "a geórgica do espírito" {De augm. scient., VII, 1), esclarecendo assim a origem metafórica desse termo. No segundo signi- ficado, indica o produto dessa formação, ou seja, o conjunto dos modos de viver e de pen- sar cultivados, civilizados, polidos, que tam- bém costumam ser indicados pelo nome de ci- vílízação (v.). A passagem do primeiro para o segundo significado ocorreu no séc. XVIII por obra da filosofia iluminista, o que se nota bem neste trecho de Kant: "Num ser racional, cultu- ra é a capacidade de escolher seus fins em geral (e portanto de ser livre).; Por isso, só a C. pode ser o fim último que a~natureza tem con- dições de apresentar ao gênero humano" (Crít. do Juízo, § 83)- Como "fim", a C. é produto (mais que produzir-se) da "geórgica da alma". No mesmo sentido, Hegel dizia: "Um povo faz progressos em si, tem seu desenvolvimento e seu crepúsculo. O que se encontra aqui, sobre- tudo, é a categoria da C, de sua exageração e de sua degeneração: para um povo, esta última é produto ou fonte de ruína" (Pbil. der Ges-
chichte, ed. Lasson, p. 43).
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