geração da imagem técnica?

Tenho pensado em tal discussão desde que fui apresentada a Flusser (ver postagem anterior).
A partir de então, não descanso mais em paz.
Mas ao mesmo tempo consigo me situar melhor em meu tempo.
Percebo que minha produção, assim como a de vários amigos, visa primeiramente a divulgação virtual. São postagens e perfis em sites de redes efetuados com objetivo de divulgar suas criações em todos os sentidos: fotografia, música, artes plásticas e gráficas, vídeos, etc.
Todos ocupam um espaço e produzem algo. Não pretendo discutir qualidade ou autenticidade. Apenas penso em nosso tempo e o quanto isto tem nos afetado.

Apesar de ainda pouco do conteúdo produzido no mundo estar presente na web - não, não encontrams absolutamente TUDO na internet, muita coisa ainda está inacessível - vivemos na era do google: o que não se sabe, o google deve saber.
Mas será este conhecimento legítimo? Quem produz este conhecimento?

Somos todos parte desta trama e contribuímos para a construção deste conhecimento.

Então volto a citar Flusser, em "Universo das Imagens Técnicas - Elogio da Superficialidade", p.60
A nossa situação face às imagens é esta: as imagens projetam sentido sobre nós porque elas são modelos para o nosso comportamento.

Trago esta posição para nosso universo. Ao invés de pensar em "imagens" apenas, penso em mídias de uma forma mais generalizada.

A rede projeta sentido sobre nossos comportamentos - apesar de aparentemente selecionarmos tudo o que vemos - e, consequentemente, produzimos mais conhecimento/informação/sentido com o objetivo inicial de ocupar novamente o campo de origem - web (refiro-me aqui a uma geração, que, como a minha tem contato direto e constante com internet). É um movimento circular constante.

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