"A História da Arte dos últimos cem anos é a História do que é fotografável"

A frase acima escrita por Andre Malraux foi um assunto que iniciou meu dia de hoje.
Assisti a um seminário referente a "O museu imaginário" e novamente fiquei pensando nas questões do autor e em como elas se aplicam à minha vivência.
O autor discute o uso da reprodução de obras de arte - principalmente a fotografia - como veículo de propagação de cultura. Assinala os prós (acessibilidade e possibilidade de se fazer várias leituras) e os contras (falta de escala, uma possível leitura desvinculada da obra original, perda de informação plástica) entre outras coisas.
Este link leva a uma dissertação de uma tese baseada no livro dele:
http://www.letras.puc-rio.br/catedra/revista/6Sem_14.html
Trouxe esta questão para nosso tempo - afinal a primeira versão desse texto foi escrita em 1947 - e comecei a pensar no "Google Art Project".
http://www.googleartproject.com/
O que será que ele pensaria disso? Uma visita virtual a qualquer museu do mundo? Parece interessante, mas não substitui a vivência, de forma alguma.

Assim fico intrigada ao voltar a pensar nas minhas imagens técnicas... será que elas, por seu caráter exclusivamente virtual, nunca vão poder possibilitar uma vivência maior ao espectador?
Ao mesmo tempo que penso no conecitual por trás da imagem, no caráter simbólico dela, sinto que voltei à era da contemplação.
O fato de elas habitarem o plano virtual e circularem livremente pela internet aumenta as chances de serem vistas por um número maior de pessoas. Mas e a vivência? Onde está ela?
Não estou aqui para dar a resposta.... apenas para desabafar minhas perguntas.
Talvez um dia eu consiga solucionar esta questão.
Ou talvez seja uma questão que não requer solução...

Comentários

Postagens mais visitadas